7 de janeiro de 2018

O sucesso vermelho quente na América do Sul - Outubro de 1999


Entrevista dos Chili Peppers para o canal chileno ViaX em 1999, antes dos dois shows da banda no país em sua turnê sul americana.




As drogas têm influenciado na criação de alguns de seus discos?

Flea:
Todos nós consumimos drogas em nossas vidas e o que temos feito não tem a ver com quem somos em nossa música, então a resposta é sim, mas é apenas uma pequena parte de toda nossa vida.

John: Nossa música não seria o que é se nós tivéssemos estado todo o tempo em drogas, porque quando você as toma de vez em quando, se tem um efeito interessante na música que você toca para o resto de sua vida. Se você toma ácido uma vez, você pode mudar a sua percepção da música para sempre, ou se você fuma maconha e você ouve um disco, a maneira de se ouvir é alterada para sempre. Mas você pode entrar em um círculo vicioso de drogas, onde você faz um monte do mesmo ou é muito espontânea, e não há liberdade e se entra em problemas a música está lá para celebrar a liberdade. Em nossas vidas nós não permitimos que algo assim, você pode decidir em alguns aspectos que elas foram usadas.



O que significa o Punk para vocês?

John:
Eu nunca teria me tornado um músico se não fosse o Punk. Aos meus ouvidos, quando ouço punk, significa o sentido de toda a músicas. Tdo o relacionamento com o punk rock, para mim é a maneira perfeita de música e não falo sobre a parte técnica de tocar acordes rápidos ou baterias potentes, porque muito tem sido feito e nós preferimos ter o espírito daquilo que sentimos ser punk rock e colocá-lo em diferentes tipos de ritmos e combinações. Existe uma maneira de dar sentido ao punk rock sem necessariamente ter que fazê-lo.

Flea: O que as pessoas vêem no punk rock de hoje, tem pouco a ver com o que ele realmente significa. O espírito do punk rock é o mais bonito, e o que mudou completamente a minha vida como artista, músico e o que eu sinto por ela. Quando descobri o punk eu estava ouvindo com meus fones essa "banda" e isso mudou minha forma de como eles entenderam a música como uma entidade. O que se passa com o punk rock de hoje e as bandas punk rock, não tem nada a ver com o punk. Em um tempo em que as bandas tocavam punk rock verdadeiro, era algo a ser cuspido na cara de todo mundo, chegou ao ciclo, cortar tudo que se considerava estabelecido na música rock. Se fazia de uma forma bonita e nua, agora as bandas que dizem fazer punk rock, eles não têm nada a ver com punk rock, se formam apenas para ganhar dinheiro e aparecer com suas calças rasgadas na televisão.




Como planeja sua turnê de modo que não fique entendiado?

Anthony:
Estamos a duas semanas na América do Sul, o que e fácil de fazer. Chegando em casa, você está com sua família e amigos por algumas semanas, então nós temos a turnê da Europa, que é um pouco mais longa e mais difícil. Mas nós temos nosso próprio avião, o que facilita nossa vida, em janeiro vamos para o Japão, Nova Zelândia e Austrália, uma turnê que é mais fácil porque você pode tocar 20 à 30 vezes, são países menores, então você tocar um monte de vezes e assim depois tem mais tempo livre. A Austrália é um ótimo lugar para estar no verão. Do jeito que as excursões são planejadas elas não te deixa entediado de tudo não se cansar demais. Vamos tocar assim, porém não resta nenhum outro ponto onde nos divertimos, essa é nossa missão.




Fonte: ViaX (Chile) - Outubro de 1999

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