5 de março de 2020

John Frusciante - 50 anos!


Neste mesmo dia em 1970, em Queens, distrito da cidade de New York nos Estados Unidos, nascia John Anthony Frusciante. São 50 anos, meio século, de uma vida dedicada a música e marcada pela evolução e pelos desafios. Nesse ponto de sua vida, Frusciante está no Red Hot Chili Peppers pela terceira vez - um terço de sua vida foi dedicada a ela -, trabalhando em um novo álbum de inéditas com a banda.



"Eu sou um músico, eu penso em música, eu penso em livros... Eu não me perco muito na forma em que o mundo me enxerga. Não é tão importante. É como eu disse, eu tenho que me preocupar comigo mesmo. Sou uma pessoa com muitos problemas, com muitas coisas para aproveitar na minha vida, com muitas oportunidades para celebrar a alegria de existir. Sabe? Ser reconhecido, como eu disse, pela sociedade e pelo Grammy's é... é uma honra. Eu encaro isso do jeito que é. Não significa que eu atingi o ponto mais alto do meu valor artístico. Eu posso nem ser reconhecido quando eu atingir esse ponto. As duas coisas não são necessariamente relacionadas."
Ensaio do Grammy - Fevereiro de 2007




"Não existe muito de uma pessoa em mim. Nunca houve. Eu me imagino como um tipo de não-pessoa. Olhando pra minha vida, eu quase sempre estive em casa com a arte e a criatividade. Da perspectiva de outra pessoa pode parecer egoísmo ou que eu esteja tentando escapar do mundo real, mas pra mim, o mundo da arte e da música é o mundo real e o resto é um lugar que eu não entendo de verdade.



Quando criança, com uns 11 anos, eu comecei a achar que estava enlouquecendo. Eu comecei a achar que eu seria alguém que acabaria assassinando uma pessoa sem ter a habilidade de impedir a mim mesmo. Minhas interações com seres humanos eram tão difíceis que estava começando a me parecer que eu estava perdendo o controle da minha mente. E foi aí que eu comecei a tocar guitarra. Eu passei a ser um cara que gostava estritamente de punk rock para alguém que amava a música dos anos 60 e todos aqueles ideais. Então eu não conseguia mais me imaginar matando alguém ou nada desse tipo.

Era isso que estava acontecendo dentro de mim. Era isso que o mundo estava criando dentro de mim sem aquele recurso de criação. Eu consigo liberar muita coisa ao fazer música que eu acho que a única outra maneira de liberar seria fazendo coisas que são destrutivas para outras pessoas ou destrutivas para mim. Definitivamente existe uma parte de mim que precisa ser deixada sozinha e escondida do resto do mundo.




Não apenas isso [a música tornando-se uma estrutura para que interagisse com o mundo], mas o fato de que eu tive muita sorte com as pessoas do negócio que estiveram comigo durante minha carreira me libertou de ter que pensar nos aspectos mundanos da vida. Nesse ponto da minha vida, pelos últimos 8 anos ou mais, por causa de todo o trabalho duro que eu fiz e que eles fizeram, eu sou geralmente uma pessoa que consegue decidir o que quer passar o dia fazendo, todos os dias.

Eu realmente não acho que eu viva no mundo real que muitas pessoas vivem. Eu entrei na indústria da música aos 18 anos, e eu nunca tive que trabalhar a não ser colhendo ervas para o meu avô, varrendo as pedras da garagem, alimentando os cavalos e coisas assim. Esse foi o único emprego que eu tive na minha vida antes de estar no Red Hot Chili Peppers. O que seria uma fuga para outras pessoas é simplesmente o meu habitat natural."
Thump - 28 de abril de 2016



Feliz aniversário, vida longa para John Frusciante!

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