Rick Rubin conversou com Kevin Parker, o líder do Tame Impala, pelo mais recente podcast da Broken Record e que foi liberado nesta semana. Em grande parte da conversa, o produtor conversou com Kevin Parker sobre o seu mais novo lançamento, "The Slow Rush", e seu processo criativo. Quase no final do bate-papo, o jogo virou e o líder do Tame Impala perguntou a Rubin sobre o álbum Californication do Red Hot Chili Peppers produzido por ele e lançado em junho de 1999.
Estou querendo perguntar sobre tudo que você já fez, mas não sei, provavelmente já te perguntaram sobre isso um milhão de vezes, mas enfim como foi gravar Californication, porque esse foi um álbum que foi muito importante para mim, foi o meu primeiro álbum do ensino médio e eu fiquei obcecado.
"Bem, nós o fizemos tipicamente da maneira de como trabalho com os Chili Peppers. Eles escreviam as músicas por um longo período e depois nos reunimos na pré-produção eles tocavam para mim músicas que estava em vários estágios de desenvolvimento. Falamos sobre isso, discutindo pontos fortes e fracos. Formar eles poderiam melhorar, músicas com muitas partes ou que não tinham partes suficientes, então, na época daquele álbum, realmente as músicas eram desenvolvidas como a banda tocando ao vivo na sala de ensaios, de modo que, quando íamos gravar era como se estivesse apenas começando um show, e tudo funcionou perfeitamente apenas com os músicos, talvez nem todas as letras, mas acho que naquela época talvez muitas das letras já estivessem escritas a ponto que de já poderiam ser executadas ao vivo e…"
Nossa.
"O objetivo disso realmente era não confundir o processo de composição com o processo de apresentação para que, quando estivéssemos no estúdio, realmente soubéssemos o que estávamos fazendo e ainda assim poderíamos tocar a mesma música centenas de vezes para que e assim elas pudessem ser unificadas, onde parecesse que é a versão perfeita, mas também que tivesse imperfeições, você sabe, que apenas fosse um processo natural e que simplesmente soasse uma banda em uma noite muito boa."
Sim, sim.
"Que não soasse como uma máquina tocando, que parecesse a melhor noite que eles tocaram em uma turnê. E quando conseguíamos gravar a melhor versão então, a tocávamos repetidamente sempre com essa versão em mente, alguns músicas aconteciam muito rapidamente, algumas levaram muito tempo e, em seguida, todos os overdubs aconteceriam depois disso, e tomávamos decisões, se era algo a se tentar, costumávamos gravar muitas e muitas mais músicas do que realmente fosse para o álbum, praticamente sempre foi assim."
Uau, sim
"Eu diria que para cada álbum que fizemos, havia pelo menos duas vezes mais músicas do que as que estariam no álbum."
E o que aconteceu com elas?
"Hummm."
Elas nunca vão ser lançadas, baseados…
"Algumas foram mas outras não."
Uau, isso é loucura, porque para mim é uma coisa tão louca, porque no me caso, eu apenas faço as músicas que eu preciso para agora, para uma música que não será aprovada bem, ela não será finalizada em nenhum lugar perto da metade, a menos que eu saiba que é vai estar no álbum, então eu raramente tenho lados-b de qualquer tipo, então a ideia de pensar em outro álbum totalmente completo, como se fosse um álbum de um universo paralelo que nunca existiu, é engraçado porque são músicas do Californication, mas acho que é assim que é ser artista.
"Você notou quando você fica super empolgado como uma música no primeiro momento e ai depois você acha 'oh, eu trabalhei nessas outras músicas e agora essa nova é minha favorita de todas até então' e, à medida que você trabalha mais, talvez não se torne mais a sua favorita de todas e, em seguida, outra música que você achava 'bem, essa é muito boa', mas talvez não seja a minha música favorita, mas à medida que você continua trabalhando, ela se torna sua música favorita."
Ouça o episódio número 46 do Broken Record com Kevin Parker pelo Youtube (citação sobre Californication aos 39:56):
Agradecimento: rhcp_genius - Reddit
Tradução: Jonathan Paes
Fonte: Broken Record n° 46 - 28 de abril de 2020
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