11 de julho de 2017

The Empyrean e a falta de planos para os Chili Peppers - Janeiro de 2009


"A notícia oficial é que não há planos para nada e nós estamos num hiato indefinido... de duração indefinida. Sim, não há, não há absolutamente nenhum plano de fazer qualquer coisa e... sim, é isso. Nós trabalhamos realmente duro por 10 anos e, sabe, há outras coisas na vida."
- John Frusciante




John Frusciante - guitarrista do Red Hot Chili Peppers - fala sobre seu novo álbum. Além disso, ele responde às suas perguntas.
Joe Bosso, segunda-feira 05 de janeiro de 2009, 11:38 GMT


Como muito da música que faz, o guitarrista do Red Hot Chili Peppers, John Frusciante, é um mistério envolto em um enigma dentro de uma pergunta. E ele provavelmente não teria nenhuma outra maneira de ser.

Frusciante lançou uma série de álbuns solo ao longo dos anos. Álbuns cheios de ansiedade, músicas com humor, de anseios metafísicos, canções que parecem existir sem a marca da técnica, mas ardendo intelecto e emoção.




“O guia para criar música que seja pura é a minha prioridade”, disse Frusciante. “Às vezes eu serei extremamente técnico na minha abordagem, e outras vezes eu apenas me deixo levar pelos deuses da música. Acho que um artista tem que responder a quaisquer espíritos que o estejam guiando. Mesmo que eles estejam em conflito, está tudo bem”.

No mais recente álbum de Frusciante, The Empyrean, o guitarrista toca baseado na falta de regras conhecidas, e o resultado é uma coleção de canções que são desafiadoras e poéticas, mas nunca convencionais. Elas pairam no ar e aterrissam em lugares especiais, secretos. Do feedback encharcado de lirismo de “Before The Beginning” ao psicodrama de guitarra de “Enough of Me” (o segundo dos quais apresenta uma performance vocal valente e bem explorada) com a beleza assustadora de “Song To The Siren” (uma original de Tim Buckley), este é um álbum que vai ficar com você em ambos os momentos de vigília e sono.

The Empyrean vê Frusciante trabalhando com uma variada seleção de convidados: Johnny Marr, Flea, Josh Freese, The Sonus Quartet e The New Dimension. É uma orgia de decadência musical, e é tão distante e longe do rock de arena dos bons tempos que os Chili Peppers recentemente gravaram quanto você possa imaginar.




O assunto Red Hot Chili Peppers é como tocar na ferida para Frusciante. Durante a vigência da nossa entrevista, o guitarrista falou extensamente sobre seu novo álbum. Mas uma pergunta bastante habitual sobre o status do Chili Peppers o deixou sem palavras. Quando se recuperou, afirmou enfaticamente que o grupo não tinha "planos", muito diferente do que o baterista Chad Smith disse em uma entrevista para o MusicRadar poucos meses atrás.

Embora os Peppers estejam no que tem sido descrito como um hiato mutuamente acordado, Smith indicou que a porta estava aberta para reatarem. Para Frusciante, no entanto, não tem nada de "porta fechada", além do mais, não há portas, de qualquer modo.



Aqui é Joe Bosso, do Music Radar, e eu estou conversando com o guitarrista John Frusciante. John, como você está?


"Ótimo, como você está?"

Eu estou muito bem. Então, você tem um novo álbum solo chegando em janeiro, chamado The Empyrean.

"Hum-rum."

Que tem sido uma grande experiência, tenho ouvido pela semana inteira. Agora, The Empyrean, se eu entendi certo, significa "o lugar do mais alto paraíso", está correto?

"Eu entendo que signifique 'o ponto mais alto do paraíso'."




Ok, você é particularmente...religioso? Por quê você apareceu com essa temática para este disco?

"Meu ponto de vista religioso é algo que eu realmente não posso comentar. Vai contra meu sistema de crença falar publicamente sobre minha crença espiritual particular. No caso do disco, eu acho que estava mais usando "o ponto mais alto do paraíso" como um símbolo para as coisas na vida que todos nós estamos alcançando e aquelas coisas que são uma espécie de “além do nosso gramado”. Mas ainda há algumas fagulhas dentro de nós que podem nos instigar a querer alcançá-las e nos levar aos níveis mais altos, quer seja em um instrumento, seja ele qual for. Como seres humanos, apenas temos essa necessidade de alcançar e... para alcançar novos níveis, mas muitas vezes eles estão totalmente fora do nosso “gramado”, mas isso não os torna menos racionais para chegar até eles. Há uma citação que o escritor William Burroughs costumava sempre citar, que era que não há objetivo que mais vale a pena lutar para obter e... eu estou parafraseando, mas é como que não há objetivo mais válido para se lutar para obter do que a imortalidade, sabe, e... e é apenas... Bem, eu não acho que seja bom estar sempre meio que acreditando que a grama é mais verde do outro lado, eu realmente acredito em forçarmos nós mesmos para alcançarmos níveis que possam parecer distantes, é apenas forçar a si mesmo para chegar até lá.

E no meu caso, isso tem tudo a ver com música, sabe, eu sempre tentei alcançar novos níveis e também é uma das coisas do disco, que às vezes em sua jornada há desistências, às vezes você pode desistir por um tempo ou pode na verdade ser uma maneira de regenerar energia suficiente para continuar empurrando-se para cima, sabe, e musicalmente, na temática das minhas letras, a música no meu disco repetidamente se mantém meio que indo de uma espécie sombria de profundidade para um ápice, depois desce do ápice e depois para outra profundidade, e depois mantém elevando-se novamente e indo cada vez mais alto, e depois decaindo novamente e isso é para mim como uma forma de respirar. Houve um tempo na minha vida que eu simplesmente pintava, eu parei de tocar música, houve tempos na minha vida que parei de pensar criativamente com meu instrumento e comecei a pensar puramente tecnicamente, e acho que todas aquelas coisas tiveram um valor, mesmo não sendo algo que eu gostaria. Não são coisas que você deseja fazer, mas acho que no processo de tentar subir e subir, eu não penso tão solidamente em fazer qualquer coisa, mas subir e subir constantemente, alcançando e empurrando, eu acho que isso eventualmente produz um tipo de tensão onde você não será capaz de subir a qualquer nível, onde você pode na verdade, no longo caminho, ganhar mais ímpeto se você ouvir o seu relógio interior, você pode ocasionalmente desistir ou, em um senso simbólico, pode ter que morrer com a finalidade de renascer."




O que eu consigo definitivamente ouvir neste disco é que você está constantemente mudando seu estilo, constantemente se desenvolvendo, na verdade, desconsiderando um estilo depois de você fazer ambos como um instrumentista e vocalista. Como você percorre esse processo?

"Bem, eu não acho que seja obviamente desconsiderar, porque eu realmente adoro o disco inteiro do início ao fim, mas é, sim, apenas trocando e mudando, e tentando abordar cada música diferentemente e tentando tipo...encontrar uma característica diferente para cada música, eu acho que isso realmente me ajudou. Ninguém estava por perto quando gravei meus vocais, então estando sozinho eu me encontrei, foi muito mais fácil se divertir com isso e fazer vários takes até eu estar realmente me divertindo cada vez mais, cada vez mais. Como se fosse o oposto para quando você faz isso com um engenheiro várias vezes, você não consegue lidar com a humilhação (risos) de ter que fazer um monte de takes ou o que for, e se torna frustrante se você tem que fazer mais vezes depois daquilo. Mas quando você está sozinho às vezes você faz 15 takes e no décimo quinto é tipo "YEAH!", sabe, então eu me vejo me divertindo mais e mais cada vez que faço isso, bagunçando mais as coisas o tempo todo e tal. Tanto quanto fazendo solos, sabe, eu geralmente tento ter algum tipo de conceito na minha cabeça de uma aproximação ou um som ou... Sabe, eu acho que a música deveria ser algo vivo e livre e não acho que as pessoas deveriam parar em seus conceitos ou pelo menos eu pessoalmente não gosto de parar em meus conceitos e me repetir."

Você gravou o disco em casa?

"Aham."




É uma dicotomia, tem um sentimento muito íntimo, com certeza, mas há uma enorme gama de sons de bateria acústica, como se fosse um grande álbum de estúdio.

"Bem, é um grande estúdio (risos). Acho que é um engano pensar que você precisa de um forro de quinze pés para conseguir um bom som de bateria, nossa sala de bateria é bem pequena e com um formato estranho, tem um som realmente vivo e nós temos um incrível som de bateria até da sala de jantar. Eu não acho que estúdios sejam tudo isso, acho que foi realmente um pobre equívoco que eu tive por um longo tempo que para alguma coisa ser um verdadeiro disco você teria que fazê-lo num estúdio de gravação, porque qualquer um em casa, apenas juntando peça por peça de equipamento, consegue fazer coisas tão boas sonoramente como o que eles fazem no estúdio, especialmente se você está fazendo toda a produção, mesmo como um músico. Quanto mais você junta as partes, o que seja, a mixagem, os microfones, o giro dos botões e das coisas, é sua oportunidade de colocar cada vez mais da sua própria expressão na música. Em outras palavras, se você toca um solo de guitarra, se você também está mexendo nos faseadores e equalizando isso e colocando tipos diferentes de reverbs naquilo em pontos diferentes, isso pode ser uma extensão do mesmo sentimento de estar tocando com aquilo, ao passo que quando outra pessoa está fazendo isso nesses grandes estúdios de grande reputação com produtores bem pagos, eles não sabem o que você está tentando expressar, não estão no interior da música, eles estão do lado de fora disso. Então para mim o produto final acaba sendo previsível em casos como esse. Sim, eu acho que você consegue chegar a um bom som em qualquer lugar para baterias, sabe, como a Motown, onde eles gravaram tudo em uma sala pequenininha, sabe, isso apenas não importa."




Bem, eu fiquei particularmente impressionado pelo que você faz com sua voz em algumas das faixas, me fez lembrar de John Lennon, que estava constantemente mudando o som de sua voz.

"Sim, sim... Como qualquer coisa, eu preciso ouvir música que eu gosto da maneira como soa e onde há uma constante variação sônica acontecendo onde todos os sons estão...onde há movimento acontecendo. Mesmo apenas na natureza de tocar uma série de notas numa guitarra ou uma série de cordas, é a mudança que nos afeta, é o senso da regularidade e ao mesmo tempo uma mudança e variação, aquela... aquela qualidade mágica na música que apenas faz constantemente significar coisas novas para nós e como uma música segue adiante, a resposta emocional está constantemente indo para lugares inesperados e... então, eu... eu sinto como o som com toda essa... sabe, tecnologia que veio dos últimos, sabe, cem anos tornando capaz de gravar coisas, é como algo que eu gosto de tirar vantagem para ser capaz de ir de uma atmosfera para outra atmosfera e ir de um tipo de sonoridade vocal para outro e fazer parecer isso distante, fazer parecer próximo, fazer parecer pequeno, fazer parecer grande e criar efeitos surreais, sabe, rodando a fita ao contrário e fazendo coisas esquisitas com reverbs e delays e outras coisas. Eu gosto de ouvir música mudando o tempo todo, sabe, então é, é como, quando eu ouço discos que estão mixados de uma maneira padrão onde tudo está balanceado entre si, nada é muito suave, nada é muito alto, isso é enfadonho para mim, não é o que eu quero ouvir.

Quando estávamos mixando este álbum, meu objetivo principal foi ter algo que eu poderia explodir no stereo system tarde da noite e, sabe, viajar naquilo, sabe, apenas ter algo onde você fica “Uau, como isso aconteceu, como isso é possível?!”, sabe, apenas como... eu não tento no disco tipo impressionar as pessoas ou tento fazer algo bom ou coisa do tipo, é apenas... eu quero fazer algo que eu realmente goste, que eu realmente queira ouvir, e no rock minhas mixagens de álbuns favoritas são sempre aquelas que... sabe, aquelas que o artista teve alguma intervenção ou... sabe, alguém como John Lennon, que teve um real domínio sobre ter diferentes sonoridades vocais nos Beatles ou o que seja, ou Jimi Hendrix, sabe, no Electric Ladyland ou George Clinton nos seus primeiros álbuns do Funkadelic... Eu gosto quando eles tomam seus mesmos sensos musicais que os fazem cantar ou tocar de um jeito que eles fazem e aplicam isso ao console de mixagem, sabe, então... isso foi totalmente minha abordagem para isso, é apenas viajar tanto quanto possível."

Agora, eu sou um grande fã de Johnny Marr, mas eu devo dizer que não poderia citar todas as faixas nas quais ele toca, então... você pode me dizer em quais faixas ele está?

"Ele está em duas faixas."

Ok.

"Ele está em “Heaven” e em “Central”."

Ok, ok.

"Sim, eu acho que em “Heaven” nenhum dos guitarristas sou eu até a segunda estrofe, ele está basicamente fazendo a primeira estrofe e o primeiro refrão..."




Certo.

"O primeiro refrão é como um desarranjo do refrão, se eu estou lembrando corretamente. Ele basicamente faz a primeira estrofe e o primeiro refrão e eu faço a segunda estrofe e o segundo refrão e o resto dela é tudo eu. Então ele está tocando múltiplas guitarras ali, sabe, ele bagunçou bastante, ele basicamente, sabe, nós tivemos apenas uma noite, então... enquanto ele estava aqui, em turnê com Modest Mouse, então nós... ele apenas ouviu a música uma vez e destilou por poucas horas e quando nós mixamos, nós percebemos como fazê-la, como trabalhar na estrutura da música. Essa foi a nossa abordagem para todas as músicas: tipo gravar um monte de faixas e perceber na mixagem como nós iríamos... digo... eu disse nós, mas era eu (risos). Mas perceber na mixagem quais instrumentos seriam usados em quais partes e fazer muita edição na fita e coisas do tipo depois... E na outra, “Central” ele fez uma guitarra acústica, tipo arranhando... OH! Espera, espera, espera, espera, espera!!! Eu falei “Heaven”?! Eu quis dizer “Enough Of Me”."

Ok…

"Sim, sim. “Enough Of Me” é a que ele toca no primeiro verso e primeiro refrão. Ele tocou em “Heaven” mas nós não a usamos no final... foi isso (risos)."

(Risos) Ok.

"Mas “Enough Of Me”, ele está no primeiro verso e no primeiro refrão e em “Central” ele toca acústica, guitarra rítmica e ele tocou…"

Sim.

"Ele tocou de um jeito realmente harmônico e limpo, uma técnica manual realmente interessante, e ele tinha algum eco naquilo e coisa do tipo. Deve haver outra parte de “Central” que ele toca, mas eu não consigo lembrar... não tenho ouvido ultimamente."




Agora, você deu a ele algum tipo de direção, ou apenas…?

"Não, eu… isso é a coisa… Eu tipo aprendi a fazer discos por muito tempo que se você realmente quer capturar uma boa energia no disco, é melhor você… antes de tudo chamar apenas pessoas que tocam com você que já teriam um senso do que você está fazendo e já... tipo, tenham uma conexão da alma do que você está fazendo, sabe..."

Certo.

"Você não quer ter alguém apenas porque pode tocar tecnicamente, mas, sabe, você quer ter alguém que entenda seu ponto de vista do qual você compõe música, e se você tem isso, tipo, a melhor coisa a fazer é simplesmente deixá-lo fazer o que ele quiser, sabe, tipo... há um pequeno, como, quando Josh e eu estamos fazendo as coisas nós temos uma pequena comunicação verbal sobre aquilo, mas basicamente, tipo, ele entende minha música e sabe de onde ela está vindo então... eu gosto de simplesmente deixá-lo fazer o que tiver vontade e depois eu percebo durante a mixagem. É muito fácil na mixagem. Às vezes quando as pessoas são rápidas demais para julgar alguma coisa como “Oh, isso não está funcionando direito para essa parte” ou “Isso está mais... assumindo o controle demais”. Eles não estão usando suas cabeças e pensando adiante com o quanto você pode fazer quando está mixando, sabe, como, com equalizadores, efeitos, tratamentos e coisas você apenas briga com aquilo ali, sabe..."

Sim.

"Você apenas, tipo... eu acho… quando eu antes gravava discos, eu era muito rápido para julgar as coisas simplesmente baseado na primeira audição e aprendi ao passar dos anos que se você pegou uma boa energia no quarto dos espíritos da música ou... sabe, os deuses da música fazem suas coisas com isso, como se houvesse um plano que é muito mais abusado e muito mais complexo e maravilhoso do que qualquer coisa que você possa planejar na sua cabeça. Se você apenas deixar suas energias fluírem, sabe..."




Agora…

"Eu não mudo nada com Johnny. Eu estava apenas o observando vir com material, foi realmente educativo, sabe, porque eu aprendi muito com seu modo de tocar para ver que ele não era... porque eu surgi tocando de... sabe, os símbolos teóricos das coisas são reais, proeminentes em minha mente e toda vez quando eu faço música, mesmo se eu estou totalmente quebrando as regras no modo de tocar, notas atonais e tudo mais, eu sei em quais intervalos elas estão. Quando eu estou construindo acordes em cima de acordes eu sei o que o relacionamento nos intervalos são... e com ele... ele não tem isso... Eu acho que ele apenas aprendeu a tocar música por fazer e por tocar acompanhando discos antigos e coisa do tipo.... então ver a maneira que... em sua própria mente ele tem criado seus próprios símbolos mentais para as mesmas coisas que eu uso simbologias teóricas, mas... Sabe, em tantas maneiras eu aprendi como usar as coisas como décimas terceiras e décimas primeiras e nonas em um contexto musical começando de acordes planos para realmente progressões complexas em, como, canções dos Smiths e coisas como descobrir que ele tem sempre ido pelo seu instinto e ido pelos seus próprios jarros mentais e coisas... Foi realmente esclarecedor observar apenas se encaixar no lugar, sabe."

Agora estou impressionado. É possível para um guitarrista como você se desligar mesmo disso?

"Não há porquê, tipo, eu acho que tem um período de tempo onde uma pessoa primeiro aprende essas coisas e produz um tipo de esforço mental onde a parte instintiva do cérebro não escapa mais de dominar o cérebro, e a parte técnica termina de ser enfatizada e de pegar todo o espaço livre disponível do cérebro. Você usa todo o poder do cérebro que você tem disponível para compensar todas essas relações técnicas e coisas como essa, mas uma vez que se tornam a mesma coisa como falando ou algo assim, você sabe, uma vez que se torna a mesma coisa como você sabe o que a palavra "homem" significa e não é um esforço para pensar sobre o homem em si e ter a palavra "homem" na cabeça, você sabe.... é só... eventualmente ela simplesmente vem como uma só coisa, o símbolo dela e o pensamento nela se tornam uma só coisa. A palavra "maior" soa como o som dela e a aparência dela na sua guitarra se tornam uma coisa só no seu cérebro, você sabe..."

Você pode estar usando um monte de guitarras diferentes no álbum, mas se eu tivesse que escolher um som predominante, seria o da Strat a maior parte do tempo.


"Sim, era tudo que eu estava usando. Eu acho que não toquei nenhuma outra guitarra. É difícil lembrar. Eu talvez possa ter usado uma SG no solo de "Central", mas talvez eu tenha feito uma Strat soar como uma SG com o English Muffin Electro Harmonix Effect. Eu basicamente usei o mesmo equipamento que eu usei com o Chili Peppers, você sabe, apenas o Marshall Major e Jubilee, minha Strat de 62 e minha Strat de 57..."




Certo. Há tantos sons legais nesse álbum, mas se eu tivesse que escolher um seria o solo da música "Enough Of Me". O quê...?

"Eu acho que é meu favorito também."

Lá vai... Que tipo de de overdrive você usou nisso?

"Eu acho que foi um English Muffin e eu acho que eu não toquei através do Marshalls, eu toquei através do Fender Bassman."

Ok.

"Porque eu queria uma frequência realmente baixa..."

Sim.

"E eu queria ficar próximo ao amp e não ficar muito longe da sala de controle, então... quando eu estava na turnê eu ficava brincando um monte no meu quarto de hotel... em vez de pensar em uma nota como uma nota que leva à próxima nota que leva a próxima nota, dividindo a guitarra em pedaços, você toca notas baixas alternando com notas altas que você tem, você sabe, um trecho de algumas oitavas pelo menos; e isso força seu cérebro a ter que selecionar, pensar em duas direções ao mesmo tempo até mesmo que as notas não aconteçam ao mesmo tempo também. Eu lembro do meu primeiro álbum solo, que eu fiz um monte disso. Eu tocava guitarra acústica em partes que meio que tinham notas de baixo e uma nota alta, que estava pelo menos uma oitava e uma terça longe da outra, ou tanto faz, mas nesse caso é uma única nota na linha da guitarra, mas no seu cérebro é, tipo, pensar no... no braço inteiro... você começa, assim que começa a fazer isso por um tempo, você começa a pensar no braço inteiro como uma só coisa, e não fica naqueles padrões que os guitarristas podem ficar..."




Certo.

"Pensando, sabe. Era só uma diversão, era só como um desafio mental divertido pensar desse jeito, no tempo que eu toquei nesse álbum eu ficava fazendo muito isso no meu quarto. Eu fiz um pouco no palco, mas é tão diferente do jeito que eu toco normalmente... era... eu não estava gostando de fazer isso na banda."

Bom, é um solo incrível. Totalmente estarrecedor.

"Obrigado, cara."

No tempo que nos resta, nós temos tantas perguntas de leitores...então, vou tentar pegar o máximo que puder. Um leitor chamado "johnfranco888" quer saber: Chad do Chili Peppers está com seu grupo, Chickenfoot. Você algum dia consideraria formar um "supergrupo" desse tipo?

"Não... Eu gosto de fazer música por mim mesmo. E-eu quero tocar o... se eu tocar... e pessoalmente, eu nunca sequer ouvi o Chickenfoot. E-eu não sabia que o Chad estava fazendo isso, eu não sei o que isso é e nem porquê ele está fazendo isso. Eu não sei. Eu não comp... Eu não estou me comparando a ele, eu só estou dizendo que para mim é tipo... se eu tocaria com...? Cem por cento por causa da relação musical, e eu não tenho interesse em... ah...ah, sim, Eu não toco com pessoas porque elas são estrelas ou nós vamos para o palco ser estrelas juntos ou algo assim, sabe, ou só... isso só não é do meu feitio, sabe, e eu... e geralmente não me relaciono com pessoas que pensam desse jeito porque... é menos sobre música e mais sobre o que elas são, ou algo assim. Eu realmente... eu simplesmente não acho... eu acho - eu acho que em geral a personalidade tem sido supervalorizada na música. É definitivamente minha intenção fazer tudo que eu puder pelo resto da minha vida para, para pensar na música como um ser vivo e pensar no que eu posso fazer pela música, não no que a música pode fazer por mim, sabe?




E eu espero que do meu próprio jeito, eu possa espalhar essa minha filosofia um pouco, porque eu realmente acho que há... eu realmente acho que há muita ênfase na "estrela" e que a música é muito completa sem esse lixo vindo a tona; como se eu estivesse dizendo ...(?)... vá em frente e essas coisas... fotos e vídeos e essas coisas. Eu simplesmente... simplesmente acho que música é suficiente, nada pode ser mas completo e todas essas coisas inventadas por homens de negócio, e eu não acho que a música precise disso. Eu acho que, de várias maneiras, pessoas experimentam menos quando tem uma fama a ser projetada, a sua renda a ser projetada, seu estilo de vida a ser projetado..."

Sim.

"Eu sinto que eles fazem menos experimentações com a música quando eles pensam dessa maneira, e eu sei... eu... eu penso 100% no que pode ser feito, novas abordagens que podem ser feitas para fazer música e onde há possibilidades que as pessoas ainda não exploraram, hummm. Não tipo "O que eu posso fazer para surpreender as pessoas" e você sabe o que eu quero dizer, isso é onde eu estou, sabe. Eu amo Blind Face, eles são um supergrupo que eu acho incrível. Mas, nessa altura, eu acho que é... eu acho que é necessário enfatizar onde estão as possibilidades na música; nada tipo: "essa banda vai ser grande". (John ri). "

Um leitor chamado "telefaster" quer saber: Quando você pega uma guitarra, há horas em que nada parece estar saindo direito? E se há, o que você faz?

"Isso na verdade não acontece comigo, porque eu estudo música e exploro as possibilidades sobre não estar saindo nada direito. Se não há idéia quando eu pego a guitarra, então eu só vou e aprendo algo de algum álbum, ou estudo algum livro de acordes; ou... ou... você sabe, aprender alguma peça clássica de um livro, ou... na maioria, desde que eu tenho 12, eu só aprendo algo de algum álbum e-e eu não boto pressão no meu relacionamento com a "excelência" instrumental e imaginando como eu vou tocar algo brilhantemente, sabe? Eu pratico tanto e escuto tanto que, eventualmente, alguém faz algo num álbum que golpeia você... você se dá conta que alguma combinação de intervalos e algum tipo de frase rítmica, é tipo... golpeia um acorde em você. Idéias vem daí, você, é realmente, é... todo o princípio de como eles juntam música no hip-hop... você pega pequenos pedaços de diferentes coisas e coloca num novo contexto, reorganizando, dobrando-os, fatiando-os. E daí vem suas idéias, sabe? Eu acho que esse tipo de coisa só acontece quando pessoas dão muita ênfase na sua abordagem a (?) um resultado, tem essas metas e esse tipo de pensamento resultado. É realmente limitado o que você pode fazer e realmente limitado o quanto de diversão você pode ter fazendo isso. É importante lembrar que há um suprimento inesgotável de criatividade disponível no universo, toda música vem dessa força criativa... é abundante e nunca vai acabar. Enquanto você não ficar nervoso colocando pressão em você e julgando tudo que você faz, se você, se você apenas escutar a música e explorar as possibilidades do seu instrumento, é algo que vai estar sempre lá! Você não precisa se preocupar com isso.




Apenas acontece quando você faz muito em tentar fazer algo que vá impressionar as pessoas. Se você se lembrar apenas que você sempre vai ser apenas uma pessoa importante (o entrevistador ri), não importa o quanto as pessoas vão falar pra você que você é importante, nunca é a pessoa que é importante. E ninguém deve ficar intimidado por estrelas como Jimi hendrix, Eddie Van Hallen ou quem for... essas pessoas são só caras que curtem música, sabe? E tudo que eles fazem é maravilhoso apenas tanto quanto eles amam música, quanto eles praticam o seu instrumento, eles dão um monte de amor a isso, sabe? (Sim, Sim...) Enquanto você faz isso, você não precisa se preocupar com o resultado. Você vai chegar lá quando quiser, e chegar com coisas quando quiser e se divertir o tempo todo, enquanto estudar todas essas coisas brilhantes. Nós somos tão sortudos de ter CDs e álbuns para estudar, essa é uma oportunidade para pensar no modo que outra pessoa está pensando. Quando você toca junto a alguma coisa, você na verdade, tipo... é quase como experimentar o mesmo momento que ele experimentou isso (Claro!), sentindo o que ele sentiu e fazendo o que ele fez. É como um espelho para, para... é como um espelho para, tipo, 40 anos no tempo, se você está aprendendo algo que aconteceu anos antes. Você sabe, teve um momento no estúdio que você está recriando no seu instrumento porque você está tocando o mesmo instrumento que eles... é maravilhoso! É tudo como um incrível presente e ninguém poderia colocar esse peso na música para alimentar seu ego do jeito que eles querem quando eles esperam que tudo que botam para fora deveria ser algo fantástico, sabe?"

Um leitor com o nome de "porcelain" diz: Eu tenho tocado guitarra por um longo tempo e admiro seu estilo. Eu quero saber, na sua opinião, a teoria é necessária para tocar guitarra ou tocar guitarra emocionalmente é o bastante?

"Eu definitivamente acho que usar suas emoções é o bastante; eu acho que muitas músicas brilhantes foram feitas assim. Só depende do que você quer fazer, sabe? Eu não acho que alguém deve aprender teoria só porque eu disse que é uma boa idéia; mas, para mim, é realmente uma boa idéia e me faz... apenas me dá um maior discernimento na música que eu aprendo, e eu não acho que cada nota e cada relação num pedaço de música é algo apenas que saiu do ar, o que eu acho que pode ser mágico quando você é uma criança. Sim, eu me lembro como soava quando eu costumava ouvir KISS quando eu era um garoto e para mim soava como vindo do ar e eu não tinha idéia de como tudo era feito e o que eram as relações tonais e rítmicas. Tudo soava como vindo do ar e era uma boa sensação, mas eu acho que se você continuar vendo desse jeito, eu acho que um monte de pessoas mesmo quando aprendem coisas, quando eles, quando seu cérebro não acha algum jeito de encontrar símbolos mentais que equivalem às relações de intervalos ou relações rítmicas... Eu acho que a tendência é achar que tudo está vindo do ar e que tudo acabe ficando meio sem relação, acho que isso pode ser limitante. E eu acho que se uma pessoa realmente vai ser bom nisso, como Jimi Hendrix era, ou Johnny Marr é, ou os caras do Fugazi, é como se você de alguma maneira você acha um símbolo mental, talvez não, é uma daquelas figuras mentais tipo, se eu tentasse retratar a sensação de metal na minha mente, ou a sensação de um certo tipo de madeira na minha mente - há um símbolo para... eu não consigo na verdade ver o sentimento, no sentido que toques são algo que você pode ver na maioria dos casos, mas há um símbolo disso na minha cabeça.




Eu acho que é o tipo de coisa que a pessoa tem que desenvolver, que necessita de muita prática, pensar muito sobre música e dar muito amor à música. Eu acho que o som da música esta aí para todos que colocam tempo em seu trabalho. Acho que há vários jeitos de de chegar a lugares muito similares; mas eu realmente amo aprender teoria, pois eu quero ouvir... se você coloca uma música, eu imediatamente reconheço as relações de intervalos e eu aprendo tudo sem ao menos pegar minha guitarra! E, sim, bem, você sabe, é possível que alguém faça isso sem saber essas coisas; mas está tudo tão claro para mim, sabe? (Certo!) Eu sou realmente grato por isso e eu não acho que seria "afiado" nesse sentido sem saber essas coisas. Eu acho que é um fenômeno recente em vários sentidos entre pessoas que realmente trabalham duro na música terem ido tão longe sem aprender coisas, porque chega uma hora, se você realmente quer fazer algo grande, que não seja, tipo, folk ou algo assim... você tem que aprender como ler e aprender como escrever música e tem que aprender harmonia e como orquestrá-la. Essas coisas não limitam, sabe? Pessoas como Beethoven, Mozart e Stravinsky e eles - eles só ajudam, como eu disse, é só... como eu disse, você precisa passar por um período de tensão por um tempo e você pode... realmente ter as idéias ajustadas, você pode ter que colocar sua criatividade de um lado por tempinho, entende? E se não quiser fazer isso, então não é uma boa idéia aprender isso... mas se você, se você tem 15-16-17 anos, não há razão para não aprender essas coisas porque... sim, você pode ter alguns anos não sendo tão criativo como você era antes, mas o quanto você é capaz de fazer com isso uma vez que as idéias são digeridas e não é mais tenso pensar nelas... você sabe, é maravilhoso!"

Um leitor chamado de "Cradle88" diz: Você parece gostar de todos os tipos de música: funk, dance, hip-hop e etc. Há algum gênero em particular que você nunca foi muito chegado?

"Bem, não... Eu não penso em música por gêneros, na verdade... mas eu gosto quando eles podem tocar uns com os outros e eu realmente posso escutar mais o espírito da música, tipo, as fórmulas que conectam, duas pessoas com o mesmo estilo. Sobretudo, eu simplesmente não gosto quando soa para mim que a música está sendo feita para, uh, impressionar pessoas ou para, tipo, agradar pessoas de negócio, ou para agradar as massas ou algo assim... Eu só... não soa bem para mim quando soa como se fosse mais importante para alguém fazer algo que o faria famoso ou fizesse ele ser amado pelas pessoas... então quando eles estão fazendo algo, que é só relações harmônicas entre eles e a força criativa da música, entende? E é realmente aparente para mim quando soa como alguém fazendo música pela razão errada, eu ouço imediatamente. Eu acho que outra coisa além da personalidade que é muito enfatizada é... o estilo de música que alguém está fazendo, ou o jeito que ele se veste, ou a estação de rádio que está tocando, ou a sessão na loja de discos... para mim, o elemento importante da música é a energia por trás; a péssoa sensitiva que gosta de música pode sentir e, você sabe? Você pode ver a diferença quando escuta uma banda num ponto de sua carreira quando eles estão fazendo isso pelas razões certas, e o ponto que eles estão fazendo pelas razões erradas... é claramente aparente, sabe? (Sim!) E isso é o estilo de música que eu não gosto, quando eu sinto que alguém está fazendo algo só porque estão sendo pagos bem para fazer esse álbum ou algo assim... ou porque eles acham que vão fazer todos amá-los."




Mas eu acho que o que essa pessoa está perguntando é sobre o tempo que tinha a "Tower Records"; digo, você poderia andar ali e não ir a certa sessão porque: "Oh, Eu não curto esse tipo de música..."

"Eu vou pelas fases das coisas. É, não, eu sou realmente mente-aberta sobre música, sabe... Eu gosto de todos os tipos de música e, e... como eu disse, eu não divido as coisas na minha cabeça assim. Eu gosto de todo tipo de coisa que pode, sabe, há poucos amigos meus que poderiam gostar... Eu não acho que há algum dos meus amigos que goste de tudo que eu gosto. Eu realmente (haha), eu sempre fui assim, amo uma ampla variedade de coisas, sabe?"

Uma leitora com o nome de "Vivi" diz: Quatro anos atrás você disse que suas letras são uma grande piada. Você ainda se sente desse jeito?

"Eu acho que isso está sendo tirado fora do contexto. Eu gosto de jogar com as palavras e fazer as coisas que são meio que um divertimento pra mim... ummm... para colocar idéias de um jeito que você nunca faria numa conversa normal do dia-a-dia, sabe? Desde que eu comecei a realmente me divertir escrevendo letras, sempre tem sido de um jeito de meio que colocar idéias juntas que dizem o contrário de outra ou fazer coisas com as letras, como eu disse, que você nunca, de um jeito que você nunca poderia coloca-las juntas numa conversa, mas de alguma maneira as idéias são informadas pela qualidade da música ao qual elas estão sendo unidas, e assim como poesia onde o verso dá sentido às palavras. Eu acho que isso acontece com ainda mais força quando você está escrevendo letras, sabe? E eu acho que você sempre deve se divertir quando está fazendo algo, então é como... não são idéias que me fazem gargalhar ou que eu acho que são bobas ou algo assim (Mhm...). São só idéias que eu encontro que são divertidas e disparam tipos de ecos na minha cabeça que me fazem sentir bem, sabe? Ummm..."




"Daldard" pergunta: Quanto você toca de guitarra num dia em particular? Você tem algum tipo de processo estabelecido para tocar?

"Sabe, é sempre diferente. Eu digo, às vezes eu passo basante tempo com outro instrumento, além de guitarra; e isso tem um efeito muito mais dramático do que - do que se eu estivesse tocando guitarra. Eu lembro de quando nós estávamos fazendo o By The Way, eu estava tocando muito piano e realmente ajudou no jeito que eu via os acordes no braço da guitarra, apenas porque os acordes fazem muito mais sentido com o som do piano e você pode visualizar melhor do que na guitarra, e você pode induzir você mesmo a fazer alguns trechos para incorporar certos tipos de intervalos que são realmente fáceis de pegar no piano... você pode aplicar isso na guitarra, entende? É sempre diferente, mas também... às vezes é melhor pensar sobre música do que de fato tocar, sabe? Às vezes apenas sentar, escutando muita música,você pode aprender tanto quando tocando. Mas, um, quando eu era garoto, eu costumava praticar algo entre 8 e 15 horas por dia,,, (Mhmm) e... eu não sou nada diferente agora; tanto em um instrumento quanto outro, seja mixando, ou seja, tipo, mexendo num sintetizador ou algo assim; é... eu estou fazendo música- ao longo de todo dia, todos os dias. E-e no Chili Peppers eu sempre estava... seria algo diário para mim, você sabe. Era, tipo, acordar... se nós estivéssemos compondo um álbum, eu acordaria e iria praticar, iria para o ensaio, tocaria por horas, voltaria, faria uma refeição, tocaria a noite toda, escutaria a gravação. É só... é tudo que eu faço, eu não... eu não estou muito interessado em fazer qualquer outra coisa, sabe? (Hahahaha)"

Eu entrevistei Chad Smith a pouco tempo, que basicamente disse que em mais ou menos um ano o Chili Peppers iria ficar ativo novamente. É basicamente o plano?

"Não, não há planos!"




Então vocês estão...

"NÓS VAMOS TER QUE PARAR A FITA!"

Ok.

"O oficial... ou... ou você pode deixar e eu dizer, o oficial, a notícia oficial é que não há planos para nada e nós estamos num hiato indefinido... de duração indefinida. (Mhm...) Sim, não há, não há absolutamente nenhum plano de fazer qualquer coisa e, eu, sim, é isso. Sim, nós trabalhamos realmente duro por dez anos e, sabe, há outras coisas na vida."

Bem, eu acho que o novo álbum é fantástico, é realmente uma grande experiência.

"Legal, cara! Muito obrigado pelo seu apoio!"

Absolutamente! Aqui é Joe Bosso, pelo Music Radar, o lugar para músicos, e eu estou falando com John Frusciante. John, obrigado por dividir seu tempo comigo aqui.

"Legal, cara."

Certo, se cuida.

"Legal, sim, tenha uma boa noite!"




Fonte: MusicRadar - 05 de janeiro de 2009

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